Osório Duque-Estrada

Nasceu em Paty do Alferes, no dia 29 de abril de 1870 e faleceu a 05 de fevereiro de 1927, no Rio de Janeiro. Seus pais foram Luiz de Azeredo Coutinho Duque-Estrada e Mariana Delphin e Silva Duque-Estrada. Teve por irmãos: Emilia Duque-Estrada, Carlota Duque-Estrada Maya e Luiz Carlos Duque-Estrada. Poeta, escritor, diplomata, jornalista, crítico literário e professor de português no Colégio D. Pedro II. Aos dezessete anos, publicou seu primeiro livro de versos: Alvéolos. Escreveu vários livros prefaciados pelos maiores intelectuais de seu tempo. O livro A abolição, editado em 1918, foi prefaciado por Rui Barbosa. Outros trabalhos merecem destaque: A arte de fazer versos, Leituras militares, Tesouro poético, Noções elementares de gramática portuguesa, Questões de português, História universal, A alma portuguesa, Flora de maio, Luiz Delfino etc. Escreveu histórias infantis e traduziu para o português a Gioconda, de d’Anunzio. Dirigiu o Teatro Lírico do Rio de Janeiro e escreveu algumas peças teatrais, como Anita Garibaldi. Foi um dos principais auxiliares de José do Patrocínio na campanha da Abolição, escrevendo vários artigos para os jornais da época (tinha dezoito anos de idade). Em 1888, recebeu o grau de Bacharel em Letras e alistou-se nas fileiras republicanas ao lado de Silva Jardim, entrando para o Club Tiradentes e o Centro Lopes Trovão, atuando como segundo secretário. Em 1889 foi para S. Paulo, a fim de estudar Direito. Entrou para a redação do Diário Mercantil, onde trabalhou com Eduardo Salamonte, Gaspar da Silva, Mário de Alencar, Severiano de Rezende e Léo de Affonseca. Abandonou o curso de Direto e regressou ao Rio de Janeiro. Exerceu a Diplomacia, de 1891 a 1892, na República do Paraguai, como encarregado dos negócios exteriores. Desejando dedicar-se exclusivamente à Literatura, regressou a seu país, abandonando de vez a diplomacia. Colaborou em O paiz e outros diários do Rio de Janeiro. De 1893 a 1896 residiu em Minas Gerais, onde redigiu o Echo de Cataguases. Em 1896, foi inspetor geral do ensino, por concurso. Em 1899, bibliotecário do Estado do Rio de Janeiro. Em 1890, professor de francês do Ginásio de Petrópolis. Em 1902, foi nomeado regente interino da Cadeira de História Geral e do Brasil, no Colégio Pedro II. Colaborou em quase todos os diários da capital federal. Em 1910, entrou para a redação do Correio da Manhã, dirigindo-o por algum tempo. Criou e manteve, nas colunas de O Imparcial, a seção Registro Literário. Em 1816, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de Sílvio Romero. De 1914 a 18, foi um dos diretores da Liga pelos aliados, sendo, por esse motivo, condecorado, pelo rei Alberto, com a ordem de Leopoldo II da Bélgica. De 1921 a 1927, escreveu para o Jornal do Brasil. Imortalizou-se, principalmente, como autor da letra do Hino Nacional Brasileiro.

(Os dados foram extraídos de MAYA, Maria Aparecida Witta, O naufrágio da barca sétima, S. Paulo: Editora Letras, 1997. A autora é sobrinha neta de Osório Duque Estrada. As referências foram-me enviadas, pela Internet, por André Duque Estrada, também parente do biografado.)

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